quinta-feira, 29 de março de 2012

DESVIO DE VERBA


Construção da sede da Irmandade de São Benedito é paralisada
Delegada Adriene Lopes indiciará suspeitos pelo crime de apropriação indébita

Arquivo Tribuna


De acordo com o inquérito policial 21/2011 e com o relatório elaborado pela Delegada de Polícia Civil de Carmo da Mata, Adriene Lopes, o presidente da Associação Casa da Cultura Popular da Irmandade de São Benedito, José Geraldo, procurou a Polícia Civil de Carmo da Mata para pedir providências sobre a paralisação das obras realizadas na sede da referida irmandade.
Segundo José Geraldo, no dia 26/01/2010, foi depositado na conta da associação, o valor de R$ 50 mil para as obras da sede da irmandade, tendo o mesmo, no dia 28/01/2010, assinado um cheque, juntamente com o tesoureiro da associação, e entregado à Eliane Aparecida Salvino, que seria a responsável  pela administração e por pagamentos referentes à construção, conforme acordo feito em reunião do Conselho da associação.
Tudo havia transcorrido normalmente, até junho de 2010, quando José Geraldo começou a receber cobranças referentes à obra e procurou Eliane para verificar a prestação de contas do dinheiro, mas a mesma se esquivou.
Na época, Eliane era secretária da associação e confirmou ter transferido a verba destinada à associação, no valor R$ 50 mil para sua conta particular, no dia 28/01/2010, porém, segundo ela, com a ciência de José Geraldo (presidente) e de Fernando César Cesário (vice-presidente). Eliane disse, ainda, que gastou cerca de trinta mil reais na construção, sendo que o restante do dinheiro encontrava-se depositado em sua conta. Ela negou o fato de ter se esquivado de prestar contas da obra e de ter deixado de pagar aos credores.
Eliane foi solicitada a apresentar relatório referente aos gastos, como notas fiscais, e a prestar contas da referida obra na Delegacia de Polícia em que ela é investigada, porém Eliane não compareceu.
O pedreiro responsável pela obra, Kenderson Vitor Resende procurou a advogada Érika Mattar Diniz de Carvalho, para que fosse ajuizada uma ação trabalhista contra a associação, alegando ter recebido somente uma parte do pagamento da obra, fato esse confirmado pela advogada, que ainda ressaltou ter procurado Eliane, que afirmou não ter efetuado o pagamento a Kenderson  uma vez que o mesmo havia abandonado a obra. Foi marcado, então, um encontro entre a advogada, José Geraldo, Fernando, Almir, Keninho e Eliane para resolverem a situação, porém Eliane não compareceu.
Diante dos fatos, José Geraldo foi até a casa de Eliane, não obtendo justificativa pela sua ausência, sendo ainda agredido verbalmente. Eliane afirmou que as dívidas da associação foram pagas à Serraria do Paulinho com um cheque da fundição em que o marido de Eliane trabalhava.
Em depoimento, Almir Resende Júnior afirmou que os R$ 50 mil foram solicitados por ele, junto ao deputado Domingos Sávio. Ele afirmou ainda ter participado de uma reunião com a diretoria e membros da referida associação, confirmando que fora procurado pela advogada Érika para que fosse resolvida a situação de débito da associação com o pedreiro Keninho, débito esse referente à obra de construção da associação. Almir ainda disse que procurou Eliane, juntamente com o Presidente da associação, para que fossem acertados os pagamentos, e recebeu dela a informação de que o dinheiro estava depositado no Banco do Brasil dessa cidade. Juntamente com os membros da associação, Almir foi até a referida agência onde constataram que o dinheiro havia sido depositado no dia 26/01/2010 e sacado dois dias depois, não sendo informado o destino. Um levantamento do que já havia sido pago pela construção foi executado, chegando-se a um valor estimado em cerca de R$ 27 a R$ 30 mil.  Eliane não soube explicar onde estaria o restante do dinheiro.
Leia a matéria completa de Herica Viotti e Christian Mascarenhas na edição 248 da Tribuna do Carmo

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