quarta-feira, 27 de março de 2013

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Polícia Civil conclui inquérito sobre o assassinato do “Travesti Fogão” e pede indiciamento dos suspeitos

    A delegada de Polícia Civil, Adriene Lopes, concluiu o inquérito sobre o assassinato do “Travesti Fogão”. Esta foi uma de suas últimas investigações no município, pois Dra. Adriene deixou de atuar em Carmo da Mata e agora responde como delegada na cidade de Divinópolis.
    No inquérito que foi encaminhado à promotoria de justiça, no dia 15 de março de 2013, a delegada pede indiciamento de Tiago Pinto e Tiago Reis, no artigo 121 (matar alguém), parágrafo 2º (Se o homicídio é cometido) IV (à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido).
    O pedido de indiciamento partiu com base nas investigações que duraram mais de um ano. Nele consta que ficou provado que as duas facas encontradas no local do crime pertencem à residência de Tiago Pinto, bem como o aparelho celular também encontrado na cena do crime.
    Já Tiago Reis foi contraditório em suas declarações. Inicialmente, em seu primeiro depoimento, informou que deixou que a vítima lhe fizesse sexo oral, isso por volta das cinco horas da manhã, já que saiu do “Trailler da Jane”, por volta das 04 horas e 30 minutos. Combinou que iria à sua casa pegar preservativo e retornaria, porém desistiu de voltar. Afirmou também não saber se Fogão continuou no mesmo local. Em seu segundo depoimento, Tiago Reis deu uma nova versão dos fatos, informando que, na noite do crime, comprou no “trailer do Beto”, dois envelopes de preservativos, sendo que, um deles deu para um amigo seu. E que sua intenção era usar os preservativos para fazer sexo com as moças que possivelmente iria conhecer na Danceteria 17. O proprietário do trailer disse, na delegacia, que Reis comprou um pacote com três preservativos. Tiago Reis falou ainda que o trailer da Jane ainda estava aberto.
    Sendo que a proprietária do trailer, Jane, disse também, durante seu depoimento, que fechou o trailer às quatro horas da manhã, e que ali permaneceram apenas os Tiagos Pinto e Reis e a vítima Adilson Ferreira Rodrigues, o Fogão. Ressaltando ainda que não havia mais ninguém na praça, que ainda, segundo ela, estava deserta. E que os três ficaram sentados nos bancos fixos do trailer da Geovana que já estava fechado.
    Os familiares da vítima disseram que Fogão fazia uso de bebida alcoólica, era alcoólatra e também usuário de drogas. “Apesar do porte físico da vítima, ele era um alvo fácil e, naquela noite, já havia ingerido bebida alcoólica em diversos lugares, inclusive no bar de uma das testemunhas, onde horas antes do crime tomou uma cerveja e, estando de posse de uma garrafinha de 500 ml do refrigerante “Fanta”, pediu a ela que colocasse pinga naquela garrafinha, o que fora feito”, relato do inquérito.
    Ainda consta no inquérito, que tanto as testemunhas e a irmã da vítima, afirmaram na delegacia que a vítima estava mantendo um relacionamento amoroso com um jovem rapaz, de olhos claros, com as características do investigado Tiago Reis.
    O laudo da seção técnica de biologia e bacteriologia legal do instituto de criminalística comprovou que o material retirado do preservativo encontrado no local do crime não pertence à vítima e nem aos Tiagos. “Acontece que o local onde a vítima fora encontrada é um lugar ermo, afastado do centro, sem iluminação pública e destinado a encontros amorosos, sexuais. Sabemos que nesta cidade não há local apropriado para esse fim. O local também é ponto de encontro de usuários de droga”, consta no inquérito policial.
    Na conclusão do inquérito,, a delegada cita “Sendo assim, diante do que foi apurado, não há dúvidas de que os investigados são os autores do crime em apuração. Todas as provas e indícios constantes neste inquérito policial nos conduzem aos investigados Tiago Pinto e Tiago Reis, como sendo os autores do crime, razão pela qual os indicio pela prática do delito tipificado no artigo 121, parágrafo 2º IV”.
    Com reportagem de Hérica Viotti

Relembrando o caso


    O crime ocorreu no dia 24/10/2011, data em que o travesti Adilson Ferreira Rodrigues, de 41 anos, o conhecido “Fogão”, foi encontrado morto, por volta das 07 horas da manhã, no poliesportivo em construção, localizado na Rua Antônio Corrêa Vaz.
    O corpo de Fogão estava com a cabeça fraturada, todo ensanguentado, com o rosto desfigurado, perfurações no pescoço, nas costas e no lado esquerdo do rosto; no ombro e no braço havia um corte profundo. Quando encontrada, a vítima já se encontrava sem vida.
    Ao lado do corpo, a Polícia Militar encontrou duas facas tipo serrinha de mesa, um preservativo usado e um aparelho da marca Nokia, com as últimas ligações recebidas de diversos números, além de uma mensagem de texto.
    No mesmo dia do crime, a PM recebeu diversos telefonemas informando que Tiago Augusto de Oliveira Reis e Tiago Augusto Rodrigues Pinto ficaram com a vítima até a madrugada, próximos ao Quiosque da Jane. Ambos foram levados até a delegacia de polícia para prestarem esclarecimentos. Tiago Reis falou ao delegado Hamilton da Silva Ferreira, que estava respondendo pela delegacia à época, que Fogão o chamara para fazer um programa, mas não o fez por não ter preservativo, praticando com ele apenas “sexo oral”, ali na Praça Presidente Vargas, próximo à Prefeitura Municipal e, em seguida, foi para casa dormir.
    Já Tiago Pinto disse, em seu depoimento, que só tomou conhecimento da perda de seu aparelho celular quando a polícia chegou em sua casa, que estava dormindo até aquela hora e que jamais teve algum contato com Fogão. Tiago também alegou que esteve no Quiosque da Jane com uma turma de amigos, mas que a vítima não estava com os mesmos e nem chegou perto deles.
    Na época do crime, o delegado pediu a prisão temporária dos suspeitos, e, hoje, Tiago Reis encontra-se em liberdade e Tiago Pinto encontra-se, ainda, no Centro de Reintegração Beija-Flor em Oliveira.




Denúncia de suposto favorecimento na Câmara


Na última semana a redação da Tribuna recebeu denúncia de fontes que pediram para não ser identificadas, de que estaria havendo favorecimento na Câmara de Carmo da Mata. A informação é de que o atual presidente teria feito apenas o pagamento do seu salário, referente ao mês de dezembro passado, deixando de pagar aos demais edis. A denúncia é bastante séria e necessita apuração para, caso se confirme, que haja punição. Como o presidente da Câmara, tem dito que não fala à Tribuna, o diretor do jornal, mais uma vez deu entrada com requerimento naquela Casa, solicitando informações sobre o caso. Pedimos que seja informado a quais vereadores foram feitos os pagamentos de subsídios referentes ao mês de dezembro de 2012, se realmente ocorreram esses pagamentos. De antemão, sabemos que a tática do presidente é esgotar todos os prazos possíveis para repassar estas informações ao jornal. Por este motivo, estamos publicando a matéria sem que tenhamos a resposta da direção da Câmara.

Os ex-vereadores Reverton Jean de Oliveira e Gilson Carlos da Silva, que disputaram a reeleição, sem sucesso, informaram à reportagem que, até o momento ainda não receberam o subsídio referente ao mês de dezembro de 2012. Caso o fato seja confirmado, estaria havendo favorecimento ao presidente da Câmara, em detrimento dos demais, o que pode caracterizar crime. Estaria o dirigente da Casa agredindo o princípio da impessoalidade, ou seja, tratando iguais de forma diferenciada e agindo em benefício próprio.

Segundo informações iniciais de advogados ouvidos pela reportagem, caso se confirme a informação, estaria o presidente cometendo crime de improbidade administrativa. Para tanto, é necessária a ação do Ministério Público, ou mesmo que os edis envolvidos (no caso, os que estariam sendo prejudicados), entrassem com ação reclamatória, na Justiça. "É direito do cidadão que se sente prejudicado, cobrar na Justiça o tratamento isonômico", garantiu um dos advogados. "O que não pode é que a administração pública seja objeto de atitudes de favorecimento a este ou aquele, sendo ele dirigente ou simplesmente membro de alguma instância de poder", concluiu o mesmo advogado.
Com reportagem de Sérgio Cunha

Opinião - A Tribuna cumpre a sua função de dar conhecimento a esse tipo de situação, no anseio de ver dirimidas quaisquer dúvidas e, caso se confirme ato ilícito, que seja apurado e aplicadas as penalidades necessárias. Não vamos, repetimos, nos calar à vontade deste ou daquele administrador. Temos o direito à informação, garantida constitucionalmente e faremos uso de todas as ferramentas possíveis para chegarmos à apuração e divulgação dos fatos, em respeito aos nosso leitores e aos cidadãos carmenses. E esperamos que políticos, eleitos pelo voto popular, não façam de seus mandatos, armas para agredir adversários, mas exercício daquilo que prometeram ao eleitor, qual seja, buscar o bem comum à população.
Mais uma vez, informamos, nos colocamos à disposição do presidente da Câmara de Carmo da Mata para que ele, querendo, dê a sua versão dos fatos. Nossas páginas estão abertas. Até porque não concordamos com a postura adotada até aqui pelo presidente da Câmara, de se negar a dar a sua versão de fatos que dizem respeito ao Legislativo carmense. Independente de cores partidárias e/ou simpatias ideológicas, a função do jornal é abrir espaço às várias versões dos fatos para que os leitores tirem as suas próprias conclusões. É o que temos feito e, novamente, o estamos fazendo. Com a palavra o presidente da Câmara.
PS: a matéria foi redigida em 20 de março e aguardamos até a data presente, por manifestação do presidente da Câmara, em resposta ao ofício protocolado naquela Casa, o que infelizmente  não ocorreu.

Secretário de Saúde ataca jornal e confessa que mentiu à reportagem


POLÊMICA
Secretário de Saúde ataca jornal e confessa que mentiu à reportagem


Após matéria divulgada pela Tribuna, tratando de um caso em que se destacou a estranheza do desenrolar da história, envolvendo o secretário de Saúde do município e presidente da entidade assistencial Vila da Melhor Idade, e o atendimento médico a uma senhora interna daquela entidade, o secretário foi a outro órgão de imprensa e contestou a nossa matéria. Direito dele, não negamos. Porém, para explicar o ocorrido, dando a versão que ele não quis dar à nossa reportagem, o secretário Eurides acabou por confessar - por livre e espontânea vontade - que não disse a verdade à época, quando foi procurado pela nossa reportagem.
Vejam o que disse o jornal, explicando a posição do secretário: "Ele disse ter sido procurado, via contato telefônico, por um jornalista chamado Sérgio Cunha, ao qual informou que o motivo de ter sustado o cheque teria sido a falta de saldo, para fazer com que o assunto não ganhasse mais conotação negativa e para que pudesse poupar o médico de uma situação anti-profissional, ao falar do atendimento." Em outro trecho da entrevista com o secretário, a matéria informa que "Eurides falou ainda que o motivo pelo qual o cheque da entidade foi sustado não se deu ao fato de falta de saldo (grifo nosso), mas sim pelo fato de que, segundo ele, o atendimento prestado à Dona Cleonice, e o tratamento que foi dado aos acompanhantes da senhora, pelo médico, não teriam sido satisfatórios, tendo o mesmo faltado com educação e bons tratos". E completa: "Cheque assinado por mim nunca voltou, e não volta".
Bom, voltou sim, senhor Eurides. Um cheque de R$360,00 pago ao médico Dr. Caio Marcus, pelo atendimento à Dona Cleonice, interna da entidade que o secretário dirige, e assinado por ele, voltou por ter sido sustado e, à reportagem da Tribuna - que o procurou para ouvi-lo, como deve ser feito no bom jornalismo - o secretário disse que a devolução teria sido por falta de saldo, pois a entidade havia gastado mais de R$2 mil com o pagamento do transporte da referida paciente até Divinópolis, em UTI Móvel. O senhor não disse a verdade, por duas vezes. Basta ver nas duas matérias, publicadas em dois jornais, sobre o mesmo tema, e comparar as informações repassadas aos órgãos de imprensa. O secretário informou, na entrevista concedida a outro jornal que, quem pagou o transporte com a UTI Móvel foi a Secretaria de Saúde (o Município). Deve ser só o conserto de outra pequena mentirinha...

Onde está a perseguição?
Para justificar, talvez, o fato de haver mentido, por duas vezes - quando disse ao jornal que mandou sustar o cheque porque não havia saldo suficiente e, depois, ao afirmar que cheque assinado por ele, "não volta" - o secretário aponta uma possível perseguição do jornal contra ele. Busca fazer-se de vítima, mas a questão real não é esta. O que precisa mesmo, ser esclarecido, senhor secretário, são coisas simples como estas:
1 - Por que a entidade teve que pagar apenas o atendimento realizado pelo médico Dr. Caio Marcus, sendo que os demais atendimentos foram realizados via SUS?
2 - O Município, que inclusive recebe recursos do SUS, não tem como prestar atendimento médico de emergência aos cidadãos?
3 - Se uma pessoa, com suspeita de infarto, for atendida em Carmo da Mata e tiver solicitada a sua remoção para Oliveira, será necessário que parentes e/ou responsáveis por ela paguem uma consulta para que ela seja atendida e encaminhada para tratamento no PS de Divinópolis? Esse atendimento não é garantido pelo SUS, através do Município?
4 - Pelo fato de uma pessoa não gostar do atendimento do balconista de uma loja, mas mesmo assim, levar a mercadoria adquirida, ela pode sustar o cheque por que foi mal atendida?
5 - Um jornal, sabendo da ocorrência de um fato relevante, que envolve atendimento médico e, por conseguinte, vida humana, não pode fazer a matéria e buscar as informações necessárias para esclarecimento ao público?
6 - Ao ser ouvido - princípio básico do jornalismo: ouvir as partes envolvidas - o entrevistado mente ao repórter e, depois se diz injustiçado, confessa a mentira... é normal?
7 - Não seria obrigação do secretário de Saúde denunciar um médico que atende mal os pacientes?
8 - O cargo de secretário é de dedicação exclusiva, isto é, enquanto no cargo, ele é secretário todo o tempo. Assim, quando se trata de um problema na área em que ele atua, não é estranho que, em um momento ele seja secretário e, no outro, dirigente de entidade? Aí está a estranheza do fato: em que momento o secretário de Saúde de Carmo da Mata atuou como secretário de Saúde, e em que outro momento atuou como presidente da Vila da Melhor Idade? Essa duplicidade de funções, em um mesmo momento não é estranha?

Concluindo, senhor secretário, sempre que desejar informar os motivos de suas ações, pode nos procurar que nossa função é informar os nossos leitores. Estaremos sempre à disposição. Lembramos também que, sempre que estivermos produzindo matérias, vamos tentar ouvir as partes envolvidas, como fizemos no caso em tela. Só pedimos que as pessoas não mintam, quando procuradas, para que as informações não sejam distorcidas por essas mentiras.

Com reportagem de Sérgio Cunha

Dr. Lineu de Carvalho: 80 anos de exemplo e dedicação a Carmo da Mata





   
No dia 30/03/1933, nascia em Carmo da Mata, o historiador, exímio odontólogo e grande homem público, Lineu de Carvalho, filho de Juvêncio de Carvalho e Josefina Notini de Carvalho, os conhecidos Dr. Juvêncio e Dona Finoca.
    Lineu iniciou seus estudos no curso primário do antigo grupo Escolar Silviano Brandão e o ginasial nos ginásios São Geraldo, da cidade de Divinópolis e Professor Pinheiro Campos, em Oliveira. O científico foi feito nos colégios Santo Antônio, da cidade histórica de São João Del Rei, e o Anchieta, na capital mineira. Sua formação superior foi de cirurgião dentista, concluída pela Faculdade de Odontologia do Triangulo Mineiro em Uberaba, no ano de 1955.
    Em 1970, terminou o curso de letras na faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Divinópolis. Foi um dos fundadores do Diamante Clube, cuja construção dirigiu. Também foi um dos fundadores do clube de serviços Lions de Carmo da Mata. Foi prefeito do município entre os anos 1973 a 1977. Fundou o jornal “O Carmense” e, quando estudava em Uberaba, foi diretor da sucursal da “Folha de Minas”. Também atuou como revisor dos jornais “O Triângulo e Correio Católico”.
    Dr. Lineu é viúvo da saudosa dona Aída Bernardes de Carvalho, professora diplomada pela Escola Normal Nossa Senhora de Oliveira. São filhos do casal: Patrícia Aída Bernardes de Carvalho Salgado, Andréia Bernardes de Carvalho Teodoro, Mônica Bernardes de Carvalho, Lineu Bernardes de Carvalho, Ana Cristina Bernardes de Carvalho Ribeiro, Leonardo Juvêncio de Carvalho e Alexandre Bernardes de Carvalho.
    Lineu de Carvalho é exemplo de correção como homem, político e pai de família. Dr. Lineu já escreveu vários artigos publicados em jornais da região e a edição do livro “A Família Notini”, com informações biográficas sobre um dos ramos familiares da sociedade carmense. Neste livro, assim como em artigos historiográficos produzidos pelo autor percebe-se a nítida preocupação não só como o método de buscar informações. Lineu também estabelece critérios bem definidos para o tratamento de dados, incluindo a disposição de viajar para outras cidades em busca de informações.
    Cidadão credor da admiração do nosso povo, Dr. Lineu é uma referência na cultura de Carmo da Mata.
    Nós do jornal Tribuna do Carmo e do Suplemento Histórico em Revista Memória Carmense, temos o orgulho de parabenizá-lo, nesta data tão importante. Não somente por ser um de nossos colaboradores e sim como um grande cidadão que valoriza e dedica a história de nossa Carmo da Mata.
    Neste dia 30/03, a comunidade carmense, com certeza, abraça de corpo e alma um cidadão que tanto contribuiu e contribui para perpetuar o desenvolvimento e a história de nossa Carmo da Mata. Parabéns a este grande homem!

    Com reportagem de Hérica Viotti e Ricardo Câmara

PM de Oliveira prende suspeitos de tráfico no trevo de Carmo da Mata


PM de Oliveira prende suspeitos de tráfico no trevo de Carmo da Mata




Na noite de ontem 26/03, por volta das 21 horas a Polícia Militar de Oliveira, recebeu a informação que um indivíduo, conhecido por Xande, residente em Oliveira, teria ido a cidade de Divinópolis buscar drogas para revendê-las e que ele estava em um moto de cor cinza.
Segundo denúncias feitas na Polícia Militar, Xande é o maior distribuidor de cocaína da cidade de Oliveira. Sendo que ele já é conhecido no meio polícia.
E ontem durante a realização da operação Fronteira/Divisa integrada, no trevo de Carmo da Mata, os militares perceberam que uma moto que transitava sentido Divinópolis/Carmo da Mata ao perceber a presença das viaturas policiais, apagou o farol e parou no acostamento. Rapidamente duas viaturas policiais se deslocaram sentido a essa moto, percebendo então que o garupeiro havia descido do veículo e se abaixado a beira de um capim, retornando rapidamente para motocicleta. Em seguida o condutor acendeu novamente o farol e se deslocou em alta velocidade sentido aos policiais, tentando assim fugir dos militares. Mesmo recebendo ordem de parada ele continuou em alta velocidade e direcionou o veículo contra as autoridades policiais que estavam no asfalto. Contudo ao passar sobre um redutor de velocidade, a moto perdeu velocidade, sendo o motorista e o garupeiro abordados pelos policiais.
Sendo identificado como o condutor da moto, Carlos Alexandre Diniz de Andrade, o conhecido Xande, sendo que o mesmo não portava os documentos da motocicleta, apresentando apenas a sua CNH, categoria AB. Os policiais também foram aonde a moto havia parado. Sendo encontrado na moita de capim, onde Lucas Eduardo Alves da Silva, o garupeiro da moto estava, uma sacola plástica e dentro dela um frasco com 500 ml de éter, e uma embalagem plástica amarela com uma pasta base de cocaína, pesando aproximadamente 500 grs.
Sendo também encontrado com os dois a quantia de R$ 52,00, três aparelhos celulares, dois cartões de banco, além de um documento do veículo Golf. Os materiais encontrados e autores conduzidos a Depol para maiores informações.
Com informações e fotos repassadas pela Polícia Militar de Oliveira.

Semana Santa 2013 em Carmo da Mata

    A Paróquia de Nossa Senhora do Carmo iniciou a celebração da Semana Santa no “Domingo de Ramos”, dia 24 de março, com celebração da Eucaristia, na Igreja do Rosário, às 8 horas. Às 10 horas aconteceu a Santa Missa e procissão de Ramos, na comunidade dos Campos. Às 17 horas e 30 minutos houve missa solene e procissão de Ramos, saindo da Igreja do Rosário até o Santuário, passando pelas ruas Virgílio Silveira, Rua José Teodoro, Rua Lafaiete Brandão, Av. Dom Alexandre Amaral e Santuário. Já na segunda-feira, dia 25/03, às 19 horas aconteceu a missa no Santuário seguida de procissão do Senhor dos Passos para a Igreja do Rosário. Na terça-feira, dia 26/03, a missa foi novamente às 19 horas no Santuário e, em seguida, aconteceu procissão de Nossa Senhora das Dores para a Capela de São Vicente de Paulo, Vila da Melhor Idade.
    A programação da Quarta-feira Santa, dia 27/03, teve início a partir das 19 horas com missa na Igreja do Rosário e na Capela de São Vicente, logo a seguir houve a Procissão do Encontro com a imagem de Nosso Senhor dos Passos saindo da Igreja do Rosário, seguindo pela Rua José Antônio Ferreira, Rua Lafaiete Brandão e Av. Dom Alexandre Amaral. Já a imagem de Nossa Senhora das Dores saiu da Capela de São Vicente, seguiu pelas Ruas José Teodoro Rodrigues e Rua Virgílio Silveira. O encontro e o sermão foram feitos em frente ao Santuário e foi proferido pelo Padre Sebastião Corrêa Neto, reitor do Seminário Nossa senhora de Oliveira.
    No dia 28 de março, quinta-feira, às 19 horas, haverá Missa da Ceia do Senhor, seguida da transladação do Santíssimo Sacramento para a capela, onde haverá vigília até meia-noite. Na Sexta-feira da Paixão, 29 de março, considerada uma das ocasiões mais solenes da programação religiosa desse período, a programação inicia às 6 horas, com reinício da adoração silenciosa ao Santíssimo Sacramento até as 15 horas. Às 08 horas, terá via Sacra pelas ruas da cidade, coordenada pela Pastoral da Juventude. A partir das 15 horas ocorrerão solene ação litúrgica da Paixão e Morte de Cristo, adoração na Cruz e distribuição da Santa Eucaristia. Às 20 horas, ocorre o Sermão da Cruz no Adro do Santuário, proferido pelo Padre Leandro Vilela Marques, e, em seguida, a Procissão luminosa do Enterro de Jesus, que seguirá pelas ruas Virgílio Silveira, Rua José Antônio Ferreira, Travessa Tiradentes, Av. Dom Alexandre Amaral e Santuário.
    No Sábado Santo, 30 de março, às 15 horas, ocorrerá celebração da penitência para casais. Às 19 horas e 30 minutos, solene vigília pascal.
    Finalmente, no Domingo de Páscoa, 31 de março, às 06 horas Santa Missa na Igreja do Rosário, procissão da Ressurreição para o Santuário e Bênção do Santíssimo Sacramento. Trajeto da procissão: Rua José Antônio Ferreira, Rua Lafaiete Brandão, Av. Dom Alexandre Amaral e Santuário. Às 10 horas, ocorre a Celebração da Eucaristia com as crianças no Santuário; a partir das 18 horas, Celebração Eucarística no Santuário e, em seguida, a Procissão do Triunfo de Nossa Senhora, que seguirá pela Rua Afonso de Bragança, Rua Fued Canaã, Expedicionário José da Cruz, Rua Cesário Rios, Praça Presidente Vargas, Rua 17 de Dezembro e Santuário. Durante a Semana Santa, haverá confissão de segunda até quarta-feira, das 14 às 16 horas.
Com reportagem de Hérica Viotti

Bicicletas chocam-se contra carro


ACIDENTE
Bicicletas chocam-se contra carro
 
Foto: Ilustrativa
Na sexta-feira, 22/03, por volta das 18 horas e 40 minutos, a guarnição da Polícia Militar foi procurada pelo senhor José Agostinho Alves Pimenta, que relatou ao militares, que seu filho Everton Alves Pimenta e o amigo F. A. C. A., estavam em suas bicicletas quando se envolveram em um acidente com um carro.
De imediato, os policiais se deslocaram para o local do acidente, onde conversaram com Marco Paulo dos Santos, que era condutor do Fiat Pálio, placa IJZ 2335, de Ouro Fino. Ele contou aos policiais que conduzia seu veículo, pela Rua Cesário Rios e que, ao se aproximar da esquina com a Rua Expedicionário José da Cruz, foi surpreendido por duas bicicletas em alta velocidade que chocaram-se contra o seu carro. Vindo os condutores das bicicletas a caírem no chão. Foram socorridos na Santa Casa de Misericórdia.  
O carro sofreu amassamento no pára-lama dianteiro, sendo quebrados o pára-choque dianteiro, pára-brisa e farol dianteiro. O condutor foi orientado pelos militares a comparecer na Depol para prestar maiores esclarecimentos.
A vítima F. A. C. A. sofreu ferimentos no braço esquerdo, sendo encaminhada para o hospital em Oliveira. Quanto a Everton, este sofreu fraturas no tornozelo, pé e braço esquerdo, sendo transferido para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte.


SEGURANÇA PÚBLICA ATUAÇÕES E DESAFIOS

  
 A cada dia que passa, vivemos dias de cão com notícias de homicídio, assalto, roubo, sequestro, furto e outros crimes em nosso município e região. Para tanto, vemos que a Polícia tem feito o necessário para cumprir o seu papel, apesar do pequeno número de seu contingente.  Mas, afinal, o que tem a comunidade contribuído para amenizar a questão da violência em nosso município e o que então deve fazer?  O Município tem cumprido o seu papel na segurança pública? Esta abordagem é necessária para que possamos ter uma melhor análise da questão em tela. Pelo que sabemos, a Segurança Pública é responsabilidade dos Governos Estaduais, mas de uns tempos para cá não podemos deixar de registrar que o artigo 144 da CF/88 tem sido provocado em seu §8º, pois lá diz que “Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.”. Acontece que os municípios em cima desta norma têm procurado dar interpretação de que se nela basearmos, como interpretada em sua literal escrita, os municípios pouco poderão contribuir para a questão da segurança, pois em suas conclusões não possuem respaldo constitucional para fazê-lo e, se assim o fizerem, estarão indo contra a lei ou usurpando funções que não são suas.  Desta forma, continuam no velho e clássico papel de jogar para o Estado ou para outro a responsabilidade de prevenir e controlar a violência e a criminalidade. Ora, mesmo que a referida norma constitucional não dê o devido papel ao município na segurança pública, outros dispositivos constitucionais podem servir de base para afirmar que diante da prevenção da violência, o município tem muito que fazer. A atuação do município no campo da prevenção não o fará usurpador das funções do Estado, mas de pessoa pública atuante no cumprimento legal de suas atribuições que, a médio e longo prazo, fará com que a violência e a criminalidade tenham redução em seus índices de geral repercussão. Não estamos aqui sonhando com uma violência e criminalidade em nível zero, até porque impossível, mas o papel do Poder Público Municipal é primordial na diminuição desses índices.  Desde a Administração anterior venho focando que somente poderemos ter um nível de excelência na questão da criminalidade e violência, se for criada a Secretaria de Segurança Municipal, instituindo a guarda municipal e mais, promovendo políticas públicas de segurança não só no município, mas também levando a sua atuação ao nível regional. Não podemos mais aceitar do Estado ou de qualquer outro ente federativo o cumprimento de um papel coadjuvante, quando não é isto que está escrito nas Leis, não é esta a vontade do povo, quiçá do legislador.  É preciso buscar soluções que possam melhor auxiliar o quadro da segurança pública que nos atende.  Há pouco tempo atrás, a ACICAM, através de seus dirigentes atuais, sendo que um deles foi vítima da violência de assalto em seu comércio, procurou promover um trabalho com o fim de acabar ou pelo menos amenizar as questões da violência e criminalidade que têm assolado a nossa Comunidade. Mas a questão ficou apenas na política. Ora, se temos que fazer algo, é preciso que seja de outra forma. É preciso que o Poder Público inicie políticas públicas de segurança que sensibilize a todos, inclusive buscando debates e ideias no que se refere a questão da segurança tratada em nível regional, onde a união de municípios em prol de uma agenda de segurança pública comum pode ser um caminho interessante a ser trilhado. Este trabalho comum regionalizado na segurança pode ser uma alternativa política para negociar com os políticos que interessam nesta questão.  Não podemos mais conviver com a mediocridade, com as falhas, as faltas e os equívocos, pois muitos já se foram para o além, por falta de segurança e em face da criminalidade e violência que atormentam nosso país. Temos que achar o caminho da solução para estas questões e trilhá-lo o mais rápido possível. É preciso envolvermos em todos os  assuntos que o poder público tem sua parcela de responsabilidade, pois se assim não fizermos, nada mudará. A comunidade continuará a viver em apuros, como temos vivido, principalmente quando não sabemos se existe uma segurança pública capaz de conter o avanço da criminalidade e da violência. O sossego acabou especialmente para aqueles que residem na área rural, mas ainda não para os que estão na direção do país. Mas não tenham dúvida de que quando a criminalidade e a violência chegarem a eles, aí perceberão o mal que estão fazendo para a comunidade, pois não encontrarão o contragosto da bebida amarga que temos tomado dia a dia. A comunidade também tem seu papel a fazer. É preciso que tenha mais maldade nas movimentações que ocorrem no local em que reside, principalmente quando ocorre a chegada de pessoas, nas drogas que assolam dia a dia a nossa família, na eleição dos nossos representantes, de ter um bom relacionamento com a Polícia, sem receio de lhe passar e informar o que se vê. Qualquer movimento SUSPEITO é motivo para ser levado à informação de quem nos dá segurança.  Isto ajuda muito. Também a nossa Polícia precisa ajudar a Comunidade a se proteger e anunciar os roubos, assaltos e etc. No que se refere ao Poder Público, é preciso que avalie melhor a sua responsabilidade com a segurança, inclusive de instituir a GUARDA MUNICIPAL, agente público mais próximo da população, que dinamiza as informações e as diligências necessárias e adequadas para a nossa Segurança, auxiliando, acima de tudo, a Polícia Militar e a Civil nas diligências de investigação, busca e apreensão de infratores. O desafio é PARA TODOS NÓS, mas a segurança pública precisa dia a dia melhorar. 

O papa é pop


Por trás da simplicidade aparente do Papa há uma excepcional estrutura de Marketing que visa recuperar os fiéis perdidos nos últimos anos. Quando falo em perda de adeptos não significa necessariamente que a Igreja Católica não esteja crescendo, é fato que está, mas as outras religiões crescem em percentuais infinitamente superiores. Embora notícias vindas do Vaticano nos deem conta de que a preocupação principal da Igreja seja com os Muçulmanos, seguidores de Maomé, não há como negar que, dentro do próprio Cristianismo, a concorrência está forte.
Escrevi  há algum tempo um artigo cujo título é “A Igreja Católica precisa se reinventar” no qual fiz uma abordagem bem mercadológica da atuação das Igrejas e suas estratégias para arrebanhar fiéis. Esse artigo, publicado aqui mesmo, cuja temática era o Marketing Religioso, repercutiu tanto que  acabou resultando em um segundo artigo, “As estratégias da fé”,  onde repercuti  as opiniões favoráveis e contrárias ao texto. No primeiro texto, mostrei estatisticamente as perdas do Catolicismo em relação às outras religiões, abordei a necessidade de um reposicionamento de mercado pela qual precisaria passar.
E parece que o “milagre” começa a acontecer no topo do Organograma da Instituição. Na parte de baixo, os padres artistas, a Renovação Carismática e outros fenômenos revelam a utilização das ferramentas de Comunicação e Marketing disponíveis atualmente. Mas, sem dúvida, um Papa Jesuíta, de hábitos simples era tudo o que a igreja precisava no momento. Existe uma blindagem natural ao Chefe de Estado do Vaticano, como existe com qualquer outra autoridade do mesmo nível, mas Francisco se recusa a cumprir certas regras que considera exageradas.
Claramente ele já está desagradando uma parte dos Cardeais que gosta de pompa, luxo, formalidade e estranhamente desse “distanciamento” do público. Mas não tem jeito, vem muito mais por aí, afinal de contas o comportamento do povo latino é diferente, culturalmente, gostamos de calor humano, de pessoas, de contato direto. Portanto, quando digo que essa mudança é benéfica no sentido de reconquistar a simpatia de parte das pessoas, mesmo as não seguidoras do Catolicismo, é por que as pessoas não estão acostumadas com gestos simples e com ações  pequenas mas demonstram humildade, de autoridades que ocupam tão alto posto.
 As reações provocadas pelo Papa são involuntárias, mas exploradas criteriosamente pelo setor de comunicação do Vaticano. O Papa é assim, vai continuar com o seu jeito bem humorado de ser e agir e cabe às demais autoridades que compõem a cúpula Católica fazerem  desses limões uma limonada. Afirmo que foram felizes na escolha, e os que votaram em outros candidatos também estão com sorte, pois todos sairão no lucro. Os resultados serão significativos sob o aspecto prático de recuperar a imagem da igreja.
A necessidade de se adequar aos novos tempos é real, e pelo jeito a caminhada será longa. O contato direto com as pessoas é indubitavelmente uma ótima alternativa, e o Padre Argentino já demonstrou que gosta disso. A Igreja  precisa imediatamente começar a dialogar, de fato, com a sociedade. Isso significa diminuir a resistência às mudanças, permita-me usar um jargão da Administração e do Marketing, principal “gargalo” da Instituição nos tempos modernos. Mesmo sendo da linha tradicional, a forma de evangelizar do pontífice está conquistando as pessoas. Por mais que não goste dos holofotes e tenha hábitos comuns, o Papa é pop. Poucas horas depois da eleição, a Fan Page dele no Facebook era prova disso, dezenas de milhares de pessoas a mais querendo saber das postagens do “Chico”.
Além de variadas manifestações através do Facebook, o Twitter também foi “invadido” pelas postagens alusivas ao resultado do conclave. A primeira manifestação oficial da comunicação do Vaticano foi através de um “tuíte”. A assessoria de imprensa publicou a mensagem “habemus papam”, temos um papa, e símbolos que indicam pessoas com os braços levantados demonstrando um clima festivo completavam o “post”. Enquanto isso, “hastags” (temas destaque, assuntos mais mencionados) alusivas ao fato não paravam de aparecer na rede: #habemuspapam #fumaçabranca #PapaFrancisco #PaiNosso #JorgeMarioBergoglio e até um #ChupaBrasil surgiu. Essa última, vinda de pessoas que já estavam saturadas com as manifestações eufóricas da torcida por um papa brasileiro.
Além das Redes Sociais, mídias emergentes, a mídia tradicional também cobriu amplamente o evento. Os jornais e revistas dedicaram páginas e mais páginas, as rádios e Tvs fizeram uma cobertura como nunca se viu e mesmo após a eleição, pelas particularidades envolvendo o perfil do atual chefe católico, as notícias ainda têm grande destaque.  O próprio Papa reconheceu o excesso de trabalho dos profissionais e órgãos de imprensa na cobertura no Vaticano, chegando a brincar com os jornalistas. Que ele não perca essa característica, não é necessário ser carrancudo, mal humorado e seguir rigorosamente protocolos que, em muitos momentos, se mostram retrógrados, assim como vários posicionamentos da igreja, esses, provavelmente não sofrerão alterações.    

TOLERAR SE APRENDE TOLERANDO (OU DE COMO A SOCIEDADE PODE SER AGRADÁVEL PARA TODOS)

   
Tolerância: disposição para admitir nos outros modos de pensar, de agir, de sentir diferentes dos nossos, de acordo com verbetes de dicionários. Tolerância é sinônimo de contemporização, de transigência, de indulgência. A tolerância é uma virtude, quer dizer, um traço positivo do caráter.
    Há frases célebres sobre ela, como esta, de Mahatma Gandhi: “A lei de ouro do comportamento é a tolerância mútua, já que nunca pensaremos todos da mesma maneira, já que nunca veremos senão uma parte da verdade e sob ângulos diversos.” e “Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos; e, por estranho que pareça, sou grato a esses professores.”de Khalil Gibran. A tolerância também já foi tema de muitas obras ao longo dos tempos, como o clássico “Da Tolerância” de Voltaire.
    Assunto recorrente, pertine à natureza humana. Toleramos quando racionalizamos a relação com o outro, pelos mais variados motivos, seja por interesse, seja por conveniência, seja por ética. Fato é que o ato de tolerar consiste numa atitude de abertura de espírito para que algo mais além do egoístico seja alcançado. Por instinto, o ser humano, como qualquer outro animal, tende a rechaçar o que lhe é diferente por considerar que possa representar uma ameaça. Logo, surge a possibilidade do conflito. Porém, superada a percepção meramente instintiva, racionalizando o que é percebido, pode-se alcançar a superação do estranhamento, eliminando o pré-conceito gerador da discriminação original, logo, abrindo a possibilidade de análise flexível das coisas.
    De um outro ponto de vista, pode-se dizer que gostamos ou desgostamos de algo ou de alguém (o que não exclui a análise anterior). Esse gostar também é resultado do que se percebe como igual ou diferente. Gosta-se do que se entende como igual a si; desgosta-se do que não é igual ou parecido. Embora até se diga que os diferentes se atraem e até se complementam, os conflitos sociais surgem dessa maneira de existir e coexistir dos indivíduos. Isso significa que quanto mais narcísica uma sociedade, mais excludente tenderá a ser, salvo se for suficientemente civilizada para compreender o sentido das diferenças quaisquer que sejam elas: de cor, idéias, preferências, etc.
    O ser humano é diferente por natureza (uns são brancos, outros, negros; uns são homens, outros, mulheres, e assim por diante). Mas, se a diferença é natural, a desigualdade é um dado cultural, ou seja, do grupo social que, ao conceber idéias sobre as coisas, cria distinções que a natureza não traz e segrega, discrimina.
    Quando um grupo social é educado para compreender tais fatores, tende a ser cooperativo, harmônico, enfim, solidário e, portanto, equilibrado. A educação para a tolerância é realizada pela família, pela escola, pela religião e por todos os demais agentes sociais, pois é um ato de civilizar que se dá  na convivência entre as pessoas que, por se perceberem todas como humanas, aprendem a ser respeitosas. O traço de união que gera a tolerância é o elemento da humanidade. Todos os humanos são iguais. Assim sendo, se não somos obrigados a gostar de tudo e de todos, temos por dever tolerar o que é diferente.     As leis internacionais já afirmam o direito à paz para os povos e as Constituições dos países em sua maioria já garantem o direito à igualdade designando por crime atos que impliquem em discriminação por raça, cor, credo, crença, origem, gênero, pensamento, enfim, toda e qualquer forma de discriminação.
    A tolerância, portanto, é um dever ético, moral e jurídico de toda pessoa, a ser praticado cotidianamente, pois consiste em pacificar, em buscar solução positiva para a convivência entre as pessoas, pois toda e qualquer pessoa tem direito à igualdade (estar na sociedade), à liberdade (de ser o que é) e à dignidade (ser respeitada na sua diferença).

terça-feira, 26 de março de 2013

Celebração atravessa os séculos


ORIGEM
Celebração atravessa os séculos


Celebrada em todo o mundo católico, a Semana Santa tem em cada local as suas peculiaridades. Assim, a Semana Santa de Carmo da Mata tem características que a diferenciam das que são realizadas nas demais cidades. Há, entretanto, alguns traços comuns a todas as celebrações, os quais são explicados por sua origem. Segundo os estudiosos do tema, a tradição de celebrar a Semana Santa teve início já no primeiro século da era cristã, quando passaram a ser realizados atos na semana anterior à Festa da Páscoa, que trata da Ressurreição de Cristo após a Crucificação. Para a maioria dos pesquisadores, as celebrações surgiram em Jerusalém, onde transcorreram os últimos dias de Jesus. No início, os cristãos celebravam a Páscoa em apenas um dia, a cada domingo.
A partir do século II, foi escolhido um domingo especial a cada ano. A escolha recaiu sobre o primeiro domingo depois da primeira lua cheia da primavera, levando em conta ainda que foi num domingo, segundo os relatos bíblicos, que se deu a Ressurreição de Cristo. A Semana Santa foi se modificando ao longo do tempo. Nos primórdios da Era Cristã, segundo os estudiosos, os atos litúrgicos eram menos elaborados. Ainda nos tempos dos apóstolos, a Semana Santa era celebrada só a partir da sexta-feira. Eram dois dias (sexta-feira e sábado) de jejum rigoroso, em preparação para o domingo, em que se celebrava a Ressurreição de Cristo. Depois, foi incluída também a quarta-feira, para lembrar o dia em que os chefes judeus decidiram prender o Salvador.
Acredita-se que no ano de 247 já havia toda uma Semana Santa. Relatos históricos desse tempo dizem que muitos passavam todos esses dias sem provar nenhuma alimento. Em algumas igrejas, esses dias eram também de descanso para todos os servos e escravos. Algumas Igrejas celebravam todas as noites vigílias solenes de orações e leituras, com a celebração da eucaristia. No século IV, algumas comunidades cristãs passaram a realizar encenações e outros atos que buscavam vivenciar a Paixão, a Morte e a Ressurreição, o que exigia três dias de celebração, consagrados à lembrança dos últimos dias da vida terrena de Jesus. Ainda no século IV, essa semana especial recebeu o nome de “Hebdomada Paschalis” (Semana Pascal).
No século seguinte, em Roma, ela ganhou o nome de Semana Autêntica, sendo chamada no Oriente de Semana Maior. O nome Semana Santa, que se tornaria o definitivo, veio pouco depois. Ao longo do tempo foram estabelecidos rituais buscando tornar acessível a todos, através de gestos litúrgicos, o sentido daqueles dias, que se tornaram uma das celebrações mais tradicionais do catolicismo. Durante a Idade Média, a Semana Santa foi acrescida de novos rituais, entre eles a cerimônia do Lava Pés e a Bênção dos Óleos, que ocorrem na quinta feira. A incorporação das mudanças não modificou o sentido originário da Semana Santa, que é o de celebrar a libertação. Para os cristãos, a Páscoa celebra a libertação da opressão do pecado, uma vez que se sentiam resgatados pelo sacrifício de Cristo.
Fonte: Revista Memória Carmense nº 11

Um dia ressurgiremos


CRÔNICA
Um dia ressurgiremos
Silveira Neto
Unindo memórias de infância e sentimento religioso, escritor encontrou um meio poético para escrever sobre a celebração da Semana Santa em Carmo da Mata 

Tradição - As celebrações da Semana Santa em Carmo da Mata  são enriquecidas por elementos tradicionais como as procissões e as encenações. A foto registra a Procissão do Enterro, vendo-se os carregadores do pálio o historiador e ex-prefeito Lineu de Carvalho, Fernando Notini (Marrão) e Paulo Notini.
Foto: Arquivo Lineu de Carvalho
Uma lua cheia claríssima não acabava nunca. Nem podia terminar, pois começou há dois mil anos e não chegou ao fim. Os meus pés doíam de tanto andar na avenida, que tinha as duas alas, os homens de um lado, as mulheres de outro, com centenas de velas e rezas e ladainha, a banda de música tocando músicas tristes. Tão tristes que iam morrer nas quebradas da montanha, ao longe. Depois, o longo sermão, à porta da igreja, as três figuras, Jesus e os ladrões, e a lembrança da Paixão de Cristo, um sermão em que o bom vigário procurava emocionar os fiéis com o melhor de sua retórica.
A noite ia alta, o plenilúnio claríssimo, o friozinho de abril, e o sono teimava em cerrar meus olhos, mas mamãe me puxava pela mão, pois era preciso beijar o Senhor Morto. Matracas soavam nas ruas, pois nos sinos eram mudos, e havia uma fila enorme para se chegar ao esquife, pois, sem isso, não se podia voltar para casa.
Depois dessa tristeza toda vinha o Domingo da Ressurreição. Jesus ressurgia de madrugada, havia outra procissão, mas agora a felicidade estava estampada em toda as fisionomias. Nosso senhor estava vingado do Centurião, dos inimigos, pois não adiantara pregá-lo na cruz. Nosso Senhor era superior a essas contingências todas, era dono de vida e superior à morte. Só muitos anos mais tarde vim a saber que o centurião era apenas um soldado romano e que a terra de Nosso Senhor era dominada pelo maior império da época.
Era mesmo uma semana diferente, era realmente santa. Podia ter o seu aspecto social, mas o que predominava era o sentido religioso.
Já havia, então, o trenzinho de ferro, Maria-Fumaça, havia a rodovia de terra por onde transitavam os Ford e os Chevrolet de lona. Também passavam por cima da fazendinha os Douglas DC-3 rumo a São Paulo. Mas a mudança frenética viria depois, com o tremendo êxodo rural. Não foram apenas os meus avós que partiram do tempo, mas os moradores da aldeia que se mudaram para São Paulo, em busca do salário mínimo e da aposentadoria.
E nunca mais voltaram: os mais velhos foram dormir num chão distante, e os jovens construíram novas famílias lá pelos lados de Campinas. Aqueles colegas de escola rural transformaram-se em simples reminiscências vagas da memória, em figuras que passam como espectros quando evoco essas cenas distantes em minha Semana Santa.
Não tenho outra Semana Santa senão a que se fixou na lembrança, as longas procissões e ladainhas, os cabelos do Padre Galdino e a emoção dos sermões do Padre Dionísio Chagas, ambos há muito tempo do lado de lá da fronteira do tempo. Aquela é a minha Jerusalém, como outros também devem ter as suas, porque cada um de nós tem poder de recriar as mensagens que todos recebem a um só tempo. Nosso Senhor, na sua onisciência absoluta, sabe compreender que, na nossa relatividade do tempo-espaço, cada um pode entendê-lo e aceitá-lo a seu modo, desde que haja o denominador comum da humildade e do amor.
Sempre se disse que, sem a Ressurreição, todo o drama da Paixão deixaria de ter sentido. Tudo seria uma ilusão e uma utopia. Pois a verdade, sem dúvida, é que um dia ressurgiremos todos. Verei de novo aquele pequeno defunto que foi enterrado no adro do cruzeiro. Ressurgirão os velhos da minha infância e os sinos da matriz hão de tocar novamente na minha Semana Santa. Ressurgirão os meus ancestrais, que acordarão de suas moradas silenciosas para presenciar a maravilha das luzes que brilharão no grande dia do mundo que não acabará nunca. Procissões e procissões desfilarão pelas longas avenidas, não mais do Tempo, mas do Eterno, entoando cantos de triunfo, do senhor que venceu os centuriões do pecado. Não haverá mais sofrimento, mas sorrisos, pois a Carne, livre das limitações, da dimensão e da dor, se confundirá com o Espírito, na mesma realidade do ser redimido.
A Ressurreição virá para todos. Não se pode admitir uma fraude de Deus.
Fonte: Revista Memória Carmense nº 11

quinta-feira, 14 de março de 2013

Já circula pelas ruas de Carmo da Mata a edição nº 278 do jornal Tribuna do Carmo. Adquira o seu na redação do Jornal Tribuna localizada na Rua Alberto Pinto, perto do Posto do Iran ou na banca da Néia ou faça a sua assinatura pelo telefone (37) 9921 3366. Fazendo sua assinatura você ganha de brinde uma Revista Memória Carmense sobre a história de Carmo da Mata.


Promotor fala à imprensa sobre ações do Ministério Público

Dr. Areslan convocou imprensa carmense para falar sobre denúncias e atividades do MP em Carmo da Mata



Na tarde de quarta-feira, 06/03, o promotor de Justiça de Carmo da Mata, Dr. Areslan Eustáquio Martins, recebeu a imprensa carmense em seu gabinete, para falar das ações do Ministério Público na cidade e das muitas denúncias e comentários, comuns neste período pós-eleitoral. Começou informando que existe inquérito em andamento para apurar crime de responsabilidade, do ex-prefeito Milton Neto, em relação a realização de empréstimos bancários de servidores. Segundo as denúncias, servidores que contraíram empréstimos junto a bancos, tiveram parcelas descontadas em seus salários e as dívidas não foram quitadas junto às instituições bancárias. Como ocorreram denúncias, as mesmas estão sendo apuradas.
Também adiantou que existe uma ação com pedido de indenização, contra o mesmo ex-prefeito, referente ao caso da construção do CEMEI. Conforme o promotor, a ação se desenrola contra o ex-prefeito Milton Neto, a empresa NR, responsável pela construção da obra e contra um empresário, sócio desta empresa. O valor que estaria bloqueado, a pedido do Ministério Público, de bens dos envolvidos gira em torno de R$100 mil. Este bloqueio, como explicou o promotor, visa garantir a quitação da indenização, caso a ação tenha resultado favorável. Neste caso, a empreiteira teria recebido o valor total para a construção da obra e não concluiu a mesma, o que foi feito pela Prefeitura. Este restante da construção, assumido pelo Município, teria custado algo em torno de R$100 mil e, por isto, o MP pede a indenização aos cofres públicos, com o entendimento de que houve pagamento em duplicidade pelo mesmo serviço.

Ex-prefeito Senilio Piassi é condenado e devolve mais de R$100 à Prefeitura

O promotor de Justiça, Dr. Areslan, destacou o resultado do trabalho do MP, que conseguiu que fossem devolvidos aos cofres públicos carmenses, mais de R$100 mil. O dinheiro já foi depositado nas contas da Prefeitura e trata-se de ação movida contra o ex-prefeito, devido à compra de uma microdestilaria de álcool e de um trator, sem os devidos procedimentos legais. Os valores entregues ao prefeito foram de R$136.702,40. Ainda nesta ação existe uma diferença de R$21 mil que devem ser repassados ao Município, brevemente.
Outra ação, contra o mesmo ex-prefeito, Senilio Piassi, está em tramitação em fase final, e deverá culminar em outra devolução de recursos aos cofres públicos. Segundo o promotor, a ação, que se encontraria em fase de cálculos e definição de valores é nos mesmos moldes da que resultou na devolução ocorrida nos últimos dias. A expectativa é de que nas próximas semanas possa se chegar a mais uma entrega de recursos que retornam aos cofres públicos.
Sobre os muitos comentários que têm ocorrido na cidade, sobre processos, disse o promotor que “neste período (pós-eleitoral) sempre ocorre um aumento das denúncias. Muitas delas, inclusive, sobre ações que já estão em andamento. Mas a maioria não tem fundamento e são descartadas”.

Promotor esclarece dúvidas

Bastante solícito com a imprensa, o promotor Dr. Areslan ainda esclareceu várias questões aos jornalistas, versando sobre a questão do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o ex-prefeito para o pagamento de salários de servidores e outros temas. No caso do TAC o promotor disse que é preciso que os servidores que não receberam procurem seus direitos. Sugeriu que uma atitude conjunta dos servidores é aconselhável. Sobre o fato de algum servidor ter recebido pagamento e outros não, disse que isso só pode ocorrer nos casos de contratados em processos seletivos.

Brasil, o país das gambiarras.


A gambiarra, conhecido recurso brasileiro para se conseguir acesso à energia elétrica de maneira ilegal quando se puxa a fiação de postes elétricos, poderia ser eleito um dos nossos símbolos culturais. O costume de tentar tirar vantagem das situações sem ligar para as possíveis consequências tem pautado a conduta de muitos e só chamam atenção quando o resultado é desastroso demais para se ignorar, como o acontecimento na boate Kiss em Santa Maria, Rio Grande do Sul.
Uma série de condutas tomadas desrespeitando o bom senso e as normas de segurança conduziu à morte quase 250 jovens, ou seja, uma pessoa de cada três que frequentavam o local na noite do incidente morreu. A imprensa levantou uma série de irregularidades, dentre as quais a ausência de alvará da prefeitura, a superlotação no local, irregularidades na reforma da boate com utilização de material impróprio, ausência de inspeção do Corpo de Bombeiros e utilização de fogos de artifício proibido para local fechado. Todas passíveis de prevenção e resolução que evitariam tamanha catástrofe.
Diariamente, passamos por locais e situações onde normas parecidas com as desobedecidas em Santa Maria. Quanto tempo levamos para nos convencer sobre o uso do cinto de segurança nos automóveis como medida de segurança? Ou o uso de capacete pelos motociclistas? Ou a utilização de equipamentos de segurança nos locais de trabalho? Geralmente, as pessoas resistem ao seu uso por achar desconfortável ou desajeitado, abrindo mão da segurança. Daí, preferimos ignorar nossa própria vida e usar uma “gambiarra” para ajeitar a situação.
Quando frequentamos uma grande festa, uma exposição, alguém já se deu ao trabalho de perguntar se houve autorização do Corpo de Bombeiros ou da Segurança Pública? Alguém se questionou sobre a condição de armazenamento e preparação das comidas servidas na festa? Ou sobre o controle do volume do som utilizado nesses eventos para que não prejudiquem a saúde dos seus frequentadores? Acho que poucos fizeram essas perguntas.
Deveríamos acreditar que a melhor maneira de nos divertirmos é com segurança e boas condições sanitárias. Quem vive de fazer gambiarras está sob o risco permanente de levar choque, ou pior, morrer eletrocutado. Lembrem-se dos jovens de Santa Maria que não poderão questionar mais sobre a segurança de sua diversão.

Coluna por José Marcos

MP quer o dinheiro reservado para cercar nascentes


Secretaria de Saúde comemora Dia Internacional da Mulher

Durante todo o dia 08/03, foram realizadas diversas atividades nos PSF’s da cidade

Na sexta-feira, 08/03, a Secretaria Municipal de Saúde promoveu diversas atividades, nos PSF’s da cidade, com O intuito de comemorar o Dia Internacional da Mulher. Foram realizadas diversas de atividades preventivas como: exames de colo de útero, vacinação e atualização dos cartões de vacina, ilustrações mostrando cuidados e importância de uma mulher saudável, além de palestra, atendimentos psicológicos e também as consultas do dia 08/03, foram destinadas às mulheres de Carmo da Mata.
Estiveram presentes no evento o Prefeito Municipal, Almir Resende Júnior; o Secretário Municipal de Saúde, Eurides Aleixo Neto, e a Secretária Adjunta de Saúde, Ana Paula Giani Assunção.
Segundo Ana Paula, as mulheres não devem ser lembradas somente no dia 08 de março, e sim em todos os dias do ano. “As mulheres têm que ser lembradas todos os dias pela sua força e determinação, pois ser mulher não é uma tarefa fácil. Sei que Deus não deu a tarefa de ser mãe à toa para as mulheres. Ele fez isso porque sabia que só elas poderiam suportar essa dura tarefa. No mais gostaria de parabenizar a todos as mulheres e também aquelas que são avós”, disse Ana Paula, completando que, para o próximo ano, a Secretária de Saúde irá realizar uma semana dedicada à mulher, onde acontecerá uma programação variada e diversificada.  

Com reportagem de Hérica Viotti

Câmara Municipal: mal começou o mandato e direção responde a dois inquéritos!


Dentre as atividades do MP, abordadas pelo promotor de Justiça, Dr. Areslan, estão dois inquéritos instaurados para apurar possíveis práticas ilegais da Câmara de Carmo da Mata, sob a responsabilidade da atual mesa diretora. O primeiro deles diz respeito à aprovação do Projeto de Resolução que garante o pagamento de 13º salário aos edis. Conforme já havia publicado a Tribuna, tal pagamento seria contrário ao preceito do Artigo 39, parágrafo 4º da Constituição Federal que afirma: “O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.”. Como existe a pretensão dos edis, de receber tal benefício, que foi aprovado junto ao aumento salarial que fixou o salário dos edis em R$4.345,00 (cerca de 6,4 salários mínimos), o MP está apurando o caso para tomar as medidas necessárias.
O outro caso que está sendo apurado pelo MP trata-se da contratação de banca de advogados, de maneira possivelmente irregular. Comentários na cidade são de que teria havido contratação direta da banca, sem o devido processo legal. O promotor público mandou instaurar inquérito e vai ouvir os envolvidos para apurar se houve algum problema neste caso. Havendo, tomará as medidas processuais legais.

Há exceções no mercado


Coluna de Reginaldo Rodrigues

Há exceções no mercado

Antes de qualquer coisa, considero que existem três categorias de maus profissionais: os que são ruins de natureza, que de fato não estão nem aí para nada, independente de onde estejam; aqueles que são ruins porque o produto ou a empresa para a qual eles trabalham não oferecem condições para que façam um bom trabalho e, por último, os ruins de natureza trabalhando com produtos iguais. Aí sim, é o *fim da picada.
Gostaria muito de mencionar esses casos de desrespeito, ou até menosprezo para com os clientes, como exceções. Se fossem poucos poderíamos até enfatizá-los, dar destaque para que as pessoas pudessem fugir de tais empresas ou profissionais, mas infelizmente não é assim. Estamos em uma época em que a regra é ser ruim, atender mal e fazer pouco caso. Profissionais e empresas não se comprometem com qualidade, prazos e com a satisfação dos consumidores.
E já que a exceção é o respeito e a consideração, deixe-me citar mais uma situação pela qual passei; essa vida de viagens é uma fonte interminável de “casos”. Decidi dormir naquele hotel, sem nenhum atrativo, onde já havia ficado em outras ocasiões, em momentos ruins da minha vida em vários sentidos. Aí vem a pergunta: por que eu fiquei em um lugar que me remetia a más lembranças? Era bem próximo de onde eu teria uma reunião naquela noite.
Não esperava nada em relação ao atendimento, além da ruindade habitual e costumeira das pessoas que ficavam lá, ao que tudo indica a contragosto para receber os hóspedes. Na chegada sem novidades, recepção cheirando a cigarro, e a pessoa que lá estava concentrado nos seus afazeres na internet e só saiu de frente do computador quando solicitei a presença dele para dar entrada. Tudo normal. A televisão com interferência, a internet lenta e um ligeiro cheiro de mofo fizeram com que eu me apressasse para a minha reunião e só retornasse pelas tantas.
Levantei-me no dia seguinte, fiz meu desjejum, não merece detalhes o café da manhã, tomei meu banho no chuveiro que não esquentava direito e fui para a saída. Chegando à recepção, fui surpreendido com um “bom dia, Sr. Reginaldo!”. Como é que aquele jovem que eu nunca havia visto na vida sabia meu nome? Um rapaz sorridente, simpático, destoando totalmente do ambiente perguntando se eu havia dormido bem. O entusiasmo dele era tanto que não consegui ser verdadeiro, disse que sim e emendei perguntando como ele sabia meu nome.
“Ao chegar aqui pela manhã, olhei o nome de todos os hóspedes e os respectivos quartos, quando o senhor colocou a chave sobre o balcão o identifiquei pelo número.” Inacreditável, pensei. E antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, ele me questionou: “estou olhando na ficha aqui, há muito tempo o senhor não vinha, por quê?” Respondi objetivamente, e de maneira a não desagradá-lo, já pensando em uma forma de convidá-lo para trabalhar comigo.
Não deu certo o convite. Posteriormente descobri que ele era sobrinho do dono, estava lá havia alguns dias, e que o hotel estivera em um inventário e finalmente a situação fora resolvida. “As coisas vão mudar por aqui senhor Reginaldo, pode acreditar.” Ainda tive tempo de ouvir sobre as obras que começariam na semana seguinte: sala de ginástica, sala de jogos, piscina, pintura nova, dentre outras. Tudo isso ele me explicou com o objetivo de convencer-me a não demorar tanto a voltar.
Esse hotel e a equipe que lá trabalhava pertenciam à terceira classe citada no primeiro parágrafo, leia-se “fim da picada”. A impressão que tive é de que atualmente existe um dono que quer mudar, com um profissional que reconhece o cliente como importante nesse processo. Se esse profissional conseguir motivar os outros (será possível?), ou os mesmos forem substituídos, com as mudanças estruturais previstas, o negócio ficará viável para o dono e satisfatório para os clientes. Assim seja, voltarei lá.

*Expressão utilizada por algumas pessoas, de uma geração anterior a minha, para se referirem a algo absurdo, extraordinário, inacreditável.